Wednesday, November 25, 2015
Tuesday, November 24, 2015
Filmes Para Esquecer: Sem Saída (No Escape), de John Erick Dowdle (2015)
O poder do marketing faz destas coisas. Eu estava de sobreaviso acerca deste Sem Saída. As críticas vindas lá de fora eram tenebrosas acusando o filme de racismo e mais uma quantidade de "sei lá o quê", mas os trailers bem conseguidos e a presença de Owen Wilson - ator que considero subaproveitado - fizeram-me dar uma oportunidade a esta "obra", mesmo assim, com aspas.
Em boa verdade, posso relacionar o meu interesse pelo filme também pelas aparentemente apelativas cenas de acção do trailer e por ter uma história um pouco mais terra-a-terra, isto para um cinéfilo que está cansadinho de super-heróis.
Eis o que Sem Saída nos oferece: família à procura de estabilidade emigra para país do sudeste asiático onde o patriarca vai finalmente ter a oportunidade profissional da sua vida. Só que a sua chegada condiz com a morte do presidente lá da zona e o povo rebela-se contra tudo o que é emigrante, especialmente norte-americano, que é visto como explorador dos pobres e oprimidos. Apanhada nesta trapalhada, a nossa família protagonista inicia uma tentativa de fuga para terrenos seguros, contando com a ajuda preciosa do mártir de serviço, Pierce Brosnan, que empresta algum humor à coisa.
Falar deste filme é quase como falar daqueles filmes que o Chuck Norris fazia nos anos 80, em que tudo o que era asiático era automaticamente mau, fazia cara de mau horrivelmente mau e merecia, obviamente, morrer de imediato. O problema é que Sem Saída quer ser um filme sério e pelo meio das perseguições e restantes troplelias, ainda arranja dois minutos para tentar justificar a sua própria existência. No entanto, o que fica, no fim, são meia dúzia de cenas de acção muito bem dirigidas num filme cujo argumento chega a ser ofensivo, mas que pronto, vá lá, tenta disfarçar as coisas com boas intenções. Ou se calhar isto ainda é mais ofensivo.
E resta o pobre do Owen Wilson e família, que com interpretações convincentes até dão uma certa pena, porque dão a sensação imediata de talento desperdiçado. Uma pena.
Falar deste filme é quase como falar daqueles filmes que o Chuck Norris fazia nos anos 80, em que tudo o que era asiático era automaticamente mau, fazia cara de mau horrivelmente mau e merecia, obviamente, morrer de imediato. O problema é que Sem Saída quer ser um filme sério e pelo meio das perseguições e restantes troplelias, ainda arranja dois minutos para tentar justificar a sua própria existência. No entanto, o que fica, no fim, são meia dúzia de cenas de acção muito bem dirigidas num filme cujo argumento chega a ser ofensivo, mas que pronto, vá lá, tenta disfarçar as coisas com boas intenções. Ou se calhar isto ainda é mais ofensivo.
E resta o pobre do Owen Wilson e família, que com interpretações convincentes até dão uma certa pena, porque dão a sensação imediata de talento desperdiçado. Uma pena.
Recomendado para: até me custa dizer, mas sim, para os fãs do Chuck Norris.
Classificação Filmes Esquecidos: *1/2
Classificação imdb: 6.8
Comentário chunga: quem quer um Kenny Rogers asiático?
Trailer
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Monday, November 23, 2015
Os filmes de Ted Kotcheff - Os Comandos da Noite (Uncommon Valor), 1983
O périplo pela obra de Ted Kotcheff começa com este pequeno filme de guerra protagonizado por Gene Hackman, Fred Ward e... Patrick Swayze. Ainda a ressacar das feridas de um conflito mal resolvido no Vietname, os EUA produzem este filme que retrata a busca de um pai (Hackman) desesperado por encontrar o filho dado como morto por terras asiáticas. Para isso, reúne os seus antigos camaradas de guerra e investe o que tem numa missão de resgate que vai abrir feridas antigas, não apenas no grupo que regressa a território onde viveram um pesadelo, mas também no próprio pai, ex-veterano de outras guerras.
Não posso dizer que tenha ido com muitas expectativas para este filme que, pelas imagens que tinha visto, me cheirava muito a propaganda pró-americana. A minha esperança residia mais no facto de ter ao leme um realizador que aprecio e que, muitas vezes transformou material irrisório em cinema bastante aceitável. Além de que vinha do mesmo homem que, anos mais tarde, dirigiria o primeiro tomo da saga Rambo, por isso havia razões para manter alguma fé.
E o filme até começa bem, com uma realização dinâmica a fazer lembrar alguns clássicos da década anterior de autores como Costa Gavras ou Sidney Lumet. Tudo certinho até ao momento em que se começam a fazer planos para a invasão ao Vietname. Aí o filme começa a perder força por via de conflitos forçados em alguns personagens e do arrastar inócuo de um treino que soa quase a ridículo. A partir daí, já se torna difícil levar o que quer que seja a sério, tudo soa ao panfleto propagandístico que temia inicialmente e nem o esforço dos atores consegue elevar a obra a um patamar acima da mediania.
E o filme até começa bem, com uma realização dinâmica a fazer lembrar alguns clássicos da década anterior de autores como Costa Gavras ou Sidney Lumet. Tudo certinho até ao momento em que se começam a fazer planos para a invasão ao Vietname. Aí o filme começa a perder força por via de conflitos forçados em alguns personagens e do arrastar inócuo de um treino que soa quase a ridículo. A partir daí, já se torna difícil levar o que quer que seja a sério, tudo soa ao panfleto propagandístico que temia inicialmente e nem o esforço dos atores consegue elevar a obra a um patamar acima da mediania.
Essencialmente, o que se verifica é que Kotcheff não soube dar a volta a um guião fraco de Joe Gayton do qual apenas escapa um primeiro ato mais ou menos decente.
Recomendado para: quem tem saudades de filmes guerra "à homem".
Classificação filmes esquecidos: **
Classificação imdb: 6,3
Comentário chunga: Patrick Swayze era um teenager mauzão.
TRAILER (em espanhol) :D
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