Hoje apetece-me ser polémico e dizer que não acho Ang Lee um grande realizador. Sou fã dos seus filmes, as temáticas e desenvolvimentos interessam-me, mas noto sempre uma certa falta de "olho clínico" ora para colocar a câmara no sítio certo, ora para cortar o que está a mais.
Claro que quem escreve estas linhas viu apenas quatro filmes do senhor e está ciente de que ele já ganhou dois Oscars precisamente na categoria de realização, mas também acredita que o de Brokeback Mountain foi exagerado. Ah, e por aqui ainda não se viu O Tigre e o Dragão nem A Vida de Pi, portanto acredita-se piamente que a opinião possa vir a mudar. Mas viu-se Taking Woodstock e é desse que vos venho deixar umas palavrinhas hoje.
Elliot (Demetri Martin) está numa encruzilhada. Perante o aparente fracasso precoce da sua carreira como pintor e a crise financeira que os pais atravessam, decide voltar à terrinha, apostando tudo na organização de um festival que a cidade vizinha deixou fugir e que acaba por se transformar num símbolo de liberdade e paz para um país em guerra com o Vietname.
Lee acerta com o tom de comédia do filme, que usa para dissecar uma realidade sem para isso parecer que está a dar sermões, e a escolha não apenas de Martin, mas também de Imelda Staunton e Henry Goodman (assombrosos como os pais de Elliott), e do televisivo Jonathan Groff revela acertos de casting como poucas vezes se tem visto. O problema maior do filme prende-se com o facto de, por vezes, não conseguir encontrar um equilíbrio na história que quer contar. Começa como uma comédia leve sobre uma família e uma comunidade disfuncionais e termina quase como um Almost Famous wannabe, numa jornada de descoberta pessoal.
Lee acerta com o tom de comédia do filme, que usa para dissecar uma realidade sem para isso parecer que está a dar sermões, e a escolha não apenas de Martin, mas também de Imelda Staunton e Henry Goodman (assombrosos como os pais de Elliott), e do televisivo Jonathan Groff revela acertos de casting como poucas vezes se tem visto. O problema maior do filme prende-se com o facto de, por vezes, não conseguir encontrar um equilíbrio na história que quer contar. Começa como uma comédia leve sobre uma família e uma comunidade disfuncionais e termina quase como um Almost Famous wannabe, numa jornada de descoberta pessoal.
Felizmente, há muitos bons momentos para se saborear em Taking Woodstock, que acaba por deixar um sorriso muito aberto nos lábios de quem lhe puser a vista em cima.
Recomendado para: as mães e todos os espíritos livres.
Classificação Filmes Esquecidos:****
Classificação imdb: 6,7
Comentário chunga: Liev Schreiber é uma mulher.
TRAILER
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