Tuesday, December 17, 2013

MARATONA DE NATAL (Parte VI) - Jack Frost, de Troy Miller (1998)




Há filmes que prometem muito antes do lançamento e até chegam a cumprir durante grande parte da sua duração, mas nos quais depois se nota o invariável dedinho do executivo do estúdio produtor que, seguindo os estudos de mercado, interfere de forma indelével no resultado final. Este Jack Frost de que vos falo é um desses casos. 

Jack é um músico cuja banda parece estar perto da consagração, o que o leva a descuidar a família. Quando morre num acidente de viação, reaparece na pele de um boneco de neve construído pelo filhos, para compensar o tempo perdido. A premissa, entre o insólito e o previsivelmente familiar, tem potencial. E a primeira meia hora, enérgica e divertida - muito devido à bonança de Michael Keaton - parece indicar um equilibrado drama familiar com fantasia, ideal para a quadra natalícia. Joseph Cross (como o filho de Jack), inclusive, revela ser um bom ator, com a graça suficiente para levar o papel a bom porto.

Ora é precisamente quando o filme mais promete, que começa a desiludir: no ponto em que Jack se transforma em boneco de neve. A partir daí, a previsibilidade toma conta do filme e este nunca mais recupera, apesar do visível esforço dos intervenientes. Fica por apurar se o fracasso da empreitada se deveu a um guião fraco, à falta de arte do televisivo realizador Troy Miller ou aos omnipresentes e engravatados executivos. 

Fica um mais ou menos razoável filme de sábado à tarde que não fica especialmente na memória.

Recomendado para: ter como alternativa ao "Somos Portugal", da TVI. 

Curiosidade: Sam Raimi (Homem-Aranha) chegou a estar envolvido no projeto, tendo mesmo chegado a escrever um rascunho do guião com o irmão Ivan Raimi.

Classificação Filmes Esquecidos: **
Classificação imdb: 5,0
Comentário chunga: quanto tempo será preciso para se reconhecer a voz de um pai ou de um marido?

TRAILER




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